Santa Catarina investiga três mortes por suspeita de dengue em meio a alerta máximo para a doença. São dois casos em Palhoça, na Grande Florianópolis, sendo um homem de 70 anos e uma mulher, de 67, e um caso em Blumenau de um homem, de 69 anos.
A Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica) informou que não há um prazo estipulado para o levantamento de todas as informações dos atendimentos nos serviços de saúde, já que os dados precisam ser avaliados por profissionais da equipe da vigilância municipal e estadual.
Mesmo assim, o órgão diz que “deve levar o menor tempo possível” para confirmar ou descartar a causa das mortes. O alerta de risco muito alto para a doença foi emitido pela Defesa Civil estadual neste sábado (11).O Estado confirmou uma morte por dengue. A vítima é uma mulher de 34 anos, moradora do bairro Trindade, em Florianópolis.
De acordo com o último levantamento divulgado pela Dive até 4 de março, já haviam sido confirmados mais de 1,3 mil casos da doença no território catarinense. Até o momento, 2.437 casos são investigados.Na comparação com o mesmo período de 2022, quando foram confirmados 2.759 casos de dengue no Estado, observa-se uma diminuição de 52% no número de casos confirmados. Na época, foram registrados 1.330 casos de dengue em Santa Catarina.
202 municípios com focos do mosquito
O número total de focos do mosquito Aedes aegypti identificados foi de 17.075, em 202 municípios. Em relação o mesmo período do ano passado, quando foram identificados 19.420 focos em 192 municípios, houve uma diminuiçãode 12,1% no número de focos detectados.No Estado, 145 municípios foram considerados infestados, o que representa um incremento 21,9% em relação ao mesmo período de 2022, que registrou 119 municípios nessa condição.
Em comparação ao último boletim, houve a inclusão do município de Herval d’ Oestecomo município infestado.Do total de casos confirmados até o momento (1.330), 1.162 são autóctones (transmissãodentro do estado) distribuídos em 30 municípios. Palhoça lidera o número de casos com 650, seguida de Joinville (262) e Florianópolis (129).
Vacina para dengue
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o registro de uma nova vacina contra a dengue. O imunizante Qdenga, produzido pela empresa Takeda Pharma, é indicado para população entre 4 e 60 anos. A aplicação é por via subcutânea em esquema de duas doses, em intervalo de três meses entre as aplicações.
Segundo a Anvisa, a nova vacina é composta por quatro diferentes sorotipos do vírus causador da doença, o que garante uma ampla proteção. No ano passado, o Brasil registrou mais de mil mortes por complicações da dengue no país.No mês passado, a CTNBio (Comissão Técnica Nacional em Biossegurança) aprovou a segurança da vacina Qdenga, que aguardava agora o aval da Anvisa.
Uma outra vacina contra a dengue já aprovada no país, a Dengvaxia, só pode ser aplicada por quem já teve a doença.A vacina Qdenga também foi avaliada pela agência sanitária europeia, de quem também recebeu aprovação. A concessão do registro pela Anvisa permite a comercialização do produto no país, desde que mantidas as condições aprovadas.
A vacina, no entanto, seguirá sujeita ao monitoramento de eventos adversos por meio de ações de farmacovigilância sob a responsabilidade da própria empresa.
Segundo informações do jornal da Folha de S.Paulo, o vacina deve chegar ao país apenas no segundo semestre de 2023.
*Com informações da Agência Brasil