A secretária da Saúde (SC), Carmen Zanotto, defende a mudança na regra da fila de espera por cirurgias eletivas. Atualmente, a norma estabelece que o paciente só pode ser retirado da lista após ter sido procurado três vezes, e assinar um documento de que não quer fazer mais o procedimento. A intenção é encurtar esse processo e não depender da procura por três oportunidades, abrindo espaço para o próximo da fila.
A medida, explica a secretária, seria importante para fazer a fila andar mais rápido. Segundo a Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde de SC (FEHOESC), 30% dos pacientes não comparecem no dia da cirurgia.
Quando um paciente falta à cirurgia o efeito é ruim para todos: o hospital se prepara e reserva centro cirúrgico e equipe para um espaço específico, que fica ocioso, perde-se tempo, dinheiro, e a fila demora mais para andar.Culpa
Não é correto culpar o paciente pela fila de mais de 60 mil pessoas por cirurgia eletiva, mas ele também, tem a sua responsabilidade. Cabe avisar se não for, atualizar seu cadastro e se preparar adequadamente. As secretarias de saúde precisam melhorar a busca ativa, a interface entre Estado e municípios e disponibilizar os exames preparatórios em tempo hábil. Essa fila enorme não é culpa do paciente, foi a ineficiência histórica do Estado que deixou chegar a esta condição. Para mudar a norma da fila de espera é preciso que o tema seja discutido no Conselho de Saúde.