Levantamento da Dive-SC - 05/09/2023 14:51 (atualizado em 05/09/2023 16:04)

Qual a cidade mais violenta para as mulheres viverem em SC

A taxa de incidência leva em consideração o número de habitantes e o ocorrências
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Com menos de 3 mil habitantes, Princesa, no Oeste de Santa Catarina, é a cidade mais violenta para as mulheres viverem, segundo levantamento da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive-SC). O município registrou índice de 921,8 casos de violência para cada 100 mil mulheres. As principais vítimas são adultas entre 20 e 49 anos.

Os números fazem parte do levantamento inédito da Gerência de Análises Epidemiológicas e Doenças e Agravos Não Transmissíveis da Dive Santa Catarina, no qual o NSC Total teve acesso. A taxa de incidência foi calculada considerando o número de casos registrados entre 2018 e 2022 divido pela população específica de cada local e multiplicado por 100 mil.

Conforme os dados, durante o período, Princesa teve 66 casos de violência contra a mulher registrados no período. Do total, 40 casos foram de vítimas entre 20 e 49 anos. Em seguida vêm crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, com oito registros.

Além de Princesa, aparecem, na sequência, Ipuaçu, com uma taxa de incidência de 680,6 a cada 100 mil mulheres, seguida de Galvão, com 659,0 e Pomerode, com 609,5. Com exceção da última, todas ficam na região Oeste de Santa Catarina.

No estado, a taxa fica com 154,1 casos a cada 100 mil mulheres. Entre 2018 e 2022, 28.076 casos foram notificados, sendo as mulheres entre 20 e 49 as principais vítimas: 12.363.

Extremo-Oeste lidera episódios reiterados

Ainda segundo o levantamento, o Extremo-Oeste lidera a quantidade de mulheres que foram vítimas de violência em mais de um episódio. Dos 1.063 casos notificados, 599 das pessoas já foram violentadas outras vezes — o equivalente a 56,3%. Já na região Nordeste, a proporção foi de 25,3% (987) das 3.907 notificações, sendo essa a menor do Estado.

Os índices, inclusive, estão acima da média nacional que aponta que ao menos 25% dos casos a mulher já havia sofrido violência anteriormente.

“Fica evidente que existe a necessidade de equipes treinadas, capazes de identificar e agir de forma a interromper o ciclo de violência em tempo oportuno, evitando assim que ela se repita no futuro, o que
pode levar a um feminicídio como desfecho”, diz o documento.

Para a deputada estadual Luciane Carminatti (PT), que faz parte do Observatório da Violência Contra a Mulher em Santa Catarina (OVM), os dados apontam a importância da atuação dos profissionais de saúde e segurança pública na identificação da violência.

— Os servidores da saúde, quando recebem uma mulher que sofre violência, precisam notificar mesmo sem que ela autorize, porque é uma notificação compulsória. A gente precisa aperfeiçoar também essa coleta de dados que, na minha avaliação, deve ser ainda maior, uma vez que nem sempre há o registro espontâneo da vítima — pontua.

Ela salienta, ainda, a importância dos órgãos públicos em olharem o números e pensarem em políticas públicas que possam garantir a proteção de mulheres e crianças no Estado.

— Os dados oficiais estão provando que os maiores índices de violência ocorrem com seus companheiros, com quem tem vínculo e isso tem a ver com o debate da importância da equidade de gênero e de programas que combatam a visão tóxica da masculinidade — finaliza.

Como denunciar:

- Disque-denúncia: 181
- Polícia Civil: 197
- Polícia Militar: 190
- Por meio do whatsapp da Polícia Civil: 48 98844-0011
- Também é possível fazer um boletim de ocorrência por meio da Polícia Virtual da Mulher

Fonte: NSC
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