O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) recebeu 1.196 ligações classificadas como trotes no primeiro trimestre de 2024. O número é 60% menor que o quantitativo registrado em 2023, quando a corporação recebeu 3.029 ligações desse tipo, mas ainda serve de alerta para a população.
Realizar uma ligação falsa, mesmo em tom de brincadeira, é crime com pena de um a seis meses de detenção, de acordo com o artigo 266 do Código Penal Brasileiro.
No caso de menores de idade, está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) como uma infração gravíssima, onde quem comete deve ser encaminhado para a Vara da Infância e Juventude, com aplicação das medidas socioeducativas, de acordo com a gravidade da situação, dentro do que prevê a legislação.
O CBMSC reforça que além de crime, o trote pode atrasar o atendimento a uma vítima real. “Quando lidamos com pessoas que necessitam de socorro, cada segundo é essencial. Além disso, empenhar uma ambulância ou caminhão de combate a incêndio para um chamado falso, além de impactar no tempo-resposta de uma ocorrência real, acarreta em custos desnecessários para o estado e pode deixar uma cidade desguarnecida ainda que por um curto espaço de tempo”, diz em nota.
Cerca de 75% das ocorrências atendidas pela corporação catarinense são do tipo atendimento pré-hospitalar, relacionadas a casos como engasgamentos, acidentes e parada cardiorrespiratória. Em muitas situações, o operador da central identifica a necessidade de já passar orientações ao solicitante para que um primeiro socorro seja iniciado ainda pelo telefone até que o socorro chegue ao local. “Estar com a linha ocupada por um trote, pode influenciar no tempo-resposta para um salvamento verdadeiro”, reforça o CBMSC.