
O governo cedeu e vai manter o programa emergencial de retomada do setor de eventos (Perse). A negociação da equipe econômica vai colocar um teto de R$ 5 bilhões para o projeto, que foi implementado para diminuir os impactos da pandemia da Covid-19. Inicialmente, a equipe econômica queria o fim do programa, por considerar que os recursos previstos para a ação já haviam sido transferidos.
A intenção de continuar com o programa foi confirmada nesta segunda-feira (22) pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Ele ainda relatou que o objetivo é fazer com que o Perse acabe em 2026, e que empresas recolham tributos a partir de 2027. A negociação será levada ao projeto que tramita na Câmara.
"Vamos buscar acordo final sobre relatório do Perse para votar na Câmara [ainda esta semana]", disse a jornalistas.Em contrapartida, a intenção do governo é fazer com que parlamentares não derrubem o veto do presidente Lula (PT) a emendas. A decisão contrariou deputados e senadores, e restringiu R$ 5,6 bilhões no Orçamento aprovado pelo Congresso.
A análise de vetos será na próxima quarta-feira (24). Os anúncios de Padilha vieram no mesmo dia em que Lula cobrou uma ação mais contundente de ministros na relação com o Congresso.