O recém-nascido, que foi internado no hospital Vagalume Saúde Infantil, em Mogi das Cruzes, apresentava múltiplas fraturas e hematomas, incluindo um fêmur quebrado, fraturas no crânio, hematomas no rosto e lábios, lesões na barriga, desidratação e anemia grave.
Laudo médico não é compatível com explicações da mãe do bebê
A mãe, de 18 anos, negou as agressões, alegando que os ferimentos ocorreram devido a acidentes domésticos, mas os profissionais de saúde desconfiaram das explicações, especialmente porque o laudo médico indicou um quadro grave de sepse e maus-tratos.
Segundo ela, o bebê teria caído do berço e batido a cabeça na quina do móvel no último domingo (19), e depois no dia seguinte, sofrido uma leve pancada no portão de casa. Ela ainda contou à policia que escoriações no rosto e na boca do bebê seriam resultado do uso da chupeta.
Os pais moram no Jardim Lisboa, zona leste de São Paulo, e, segundo a mãe do bebê, ela optou por levar o filho ao hospital em Mogi das Cruzes para evitar superlotação e o risco de contaminação em outras unidades de saúde.
Testemunhas, incluindo a tia da criança e uma vizinha, relataram comportamentos suspeitos e histórico de negligência por parte dos pais.
O pai, de 21 anos, alegou não estar presente durante os supostos acidentes, mas foi acusado de conivência com os maus-tratos.
Segundo informações da GCM (Guarda Civil Municipal) de Mogi das Cruzes, a corporação foi acionada após a psicóloga da unidade hospitalar informar o quadro grave que o bebê apresentava.
O laudo apontou “quadro grave de sepse, com presença de Hematomas na face, escoriações nos lábios, desnutrido, desidratado, MEG, Taquidispneico, descorado, febril (38), com suspeita de maus-tratos e erro alimentar, sugiro avaliação e conduta do Médico Legista para elucidação diagnostica”.
Ambos os pais foram presos sob suspeita de maus-tratos, enquanto o bebê permanece internado em estado gravíssimo na Unidade de Terapia Intensiva. O caso está sendo investigado pela Delegacia Seccional de Mogi das Cruzes.