Uma pesquisa do Instituto Não Aceito Corrupção mostrou que 62% dos brasileiros conhecem alguém que já trocou seu voto por dinheiro em uma eleição. Em outubro, os brasileiros irão às urnas para escolher prefeitos e vereadores.
Mais da metade dos entrevistados responderam que essa decisão foi "vendida" por um valor entre R$ 50 e R$ 100. Essa troca configura crime eleitoral e pode até custar o mandato do político beneficiado.
O instituto, que é presidido por Roberto Livianu, procurador de Justiça de São Paulo e colunista do SBT News, elaborou um mapa do "custo médio" dessa prática, conforme os relatos coletados na pesquisa:
Mais da metade dos entrevistados (52%) relataram conhecer alguém que já vivenciou situações de corrupção, sendo que o delito mais mencionado foi o peculato (que consiste na apropriação ou desvio de dinheiro ou bens públicos).
Questionados sobre a aceitação dessas práticas, os participantes se mostraram mais intolerantes à contratação de "funcionários fantasma" por servidores públicos e a falsificação de documentos para obter vantagens.
Apesar da corrupção se manifestar em diferentes situações sociais, os exemplos praticados por agentes públicos são menos aceitos pelos brasileiros, de acordo com o levantamento.
"A questão da corrupção revela um quadro preocupante, com aceitação variável conforme o tipo de serviço ou instituição afetada. A intolerância é maior quando se trata de corrupção no âmbito do poder público, indicando a percepção do impacto direto dessas práticas na governança e na prestação de serviços essenciais à população", concluíram os responsáveis pela pesquisa.