A Polícia Civil (PC) prendeu, neste domingo, uma mulher suspeita de ter envenenado o bolo que causou a morte de três pessoas em Torres, no mês passado. Conforme informações preliminares, ela teve a prisão temporária decretada pela Justiça e foi levada para a Delegacia da Polícia (DP) do município, onde aguardava nesta tarde a transferência para o Presídio Estadual Feminino de Torres.
A DP responsável pelas investigações não confirma a identidade da mulher. Em comunicado, a PC afirmou que fornecerá novos detalhes sobre o caso nesta segunda-feira, em coletiva às 9h em Capão da Canoa.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, a suspeita pode ser indiciada por triplo homicídio duplamente qualificado outras três tentativas de homicídio duplamente qualificadas. Três pessoas morreram depois de consumir um bolo, em 23 de dezembro do ano passado. A investigação apontou, após perícia, que a sobremesa continha arsênio.
A ingestão do alimento teria provocado as mortes de Neuza Denize Silva dos Anjos, 65 anos, Maida Berenice Flores da Silva, 58 anos, e Tatiana Denize Silva dos Santos, 43 anos. Exames detectaram a presença do químico no sangue dos dois sobreviventes, uma criança e uma mulher de 61 anos e também no corpo de uma das vítimas que morreram.
O menino, de 10 anos, que comeu o bolo contaminado com a família, recebeu alta do Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres. Ele estava internado desde 23 de dezembro. Uma tia-avó dele, uma mulher de 61 anos que também ingeriu a sobremesa, permanece hospitalizada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ao todo, seis pessoas foram hospitalizadas após a confraternização. O marido de Tatiana também foi intoxicado, mas teve alta logo após receber tratamento médico.