Corpo de Bombeiros Militar SC - 04/04/2025 08:10 (atualizado em 04/04/2025 08:21)

Protocolo para acolhimento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista contabiliza mais de 400 atendimentos em 1 ano

Pioneiro no país, o Protocolo completou um ano de implementação neste 2 de abril, Dia Mundial de Conscientização do Autismo.
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Foto: Divulgação/CBMSC

A elaboração do protocolo contou com a parceria do Laboratório de Pesquisa em Autismo e Neurodesenvolvimento da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc). Essa colaboração foi essencial para garantir que os atendimentos fossem conduzidos de forma adequada e sensível às necessidades específicas de crianças e adultos com TEA.

"Com o aumento da prevalência de pessoas com Transtorno do Espectro Autista, vimos que era necessário adequar o nosso Atendimento Pré-Hospitalar. O protocolo trouxe um atendimento mais sensível, mais adequado a esses pacientes e, com isso, além de melhorar a qualidade do nosso serviço, trouxe também mais segurança para os nossos bombeiros durante o atendimento", destaca o tenente-coronel Henrique Piovezan da Silveira, presidente da Coordenadoria de Atendimento Pré-Hospitalar do CBMSC. 

Ao longo do primeiro ano de vigência, o protocolo possibilitou que 433 atendimentos fossem direcionados para APH, além de 16 ocorrências envolvendo busca, resgate e salvamento, nove ações preventivas, três apoios e duas classificações diversas. Entre as principais situações atendidas, destacam-se:

- 66 casos de convulsão
- 58 quedas
- 43 desmaios
- 40 emergências psiquiátricas

O protocolo tem como objetivo principal preparar os socorristas para lidarem com as especificidades comportamentais desses indivíduos, garantindo um atendimento mais humanizado e seguro. Dentre as ações aplicadas para o atendimento, está o cuidado com fatores que possam desencadear crises durante o socorro. "Se durante a triagem o nosso operador da central de operações identificar que o paciente é autista, ele repassa essa informação à guarnição de serviço e, cerca de 500 metros antes do local, por exemplo, as luzes e as sirenes são desligadas. Desta forma, a viatura chega em silêncio ao local, justamente para evitar uma piora da crise ou um fator de estresse ao paciente", completa o tenente-coronel. 

O primeiro ano de aplicação demonstrou sua relevância para o atendimento de emergências envolvendo pessoas com TEA. Além de aprimorar a qualidade do serviço prestado, a iniciativa também contribui para a inclusão e acessibilidade no âmbito das urgências e emergências.

Com os resultados positivos obtidos, espera-se que o modelo catarinense possa servir de referência para outras instituições e estados, ampliando o alcance do atendimento especializado além de garantir um suporte mais adequado às pessoas com TEA em situações de emergência.
Fonte: Tamara Finardi/ Rádio Líder/ WH Comunicações/ Jornal O Líder
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