
Devido a um atraso nas entregas e distribuição da vacina da Covid pelo Ministério da Saúde em todo o Brasil, a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina informou que está com disponibilidade reduzida do imunizante. Apesar disso, a pasta destacou que os estoques ainda estão suprindo a atual demanda da população.
De acordo com a pasta estadual, as doses estão sendo distribuídas regularmente aos municípios, “conforme cronograma pactuado, garantindo a continuidade da vacinação de reforço e da vacinação de grupos prioritários”. A nota ainda aponta que alguns municípios têm optado por centralizar a aplicação do imunizante em algumas unidades. O motivo seria não dividir as doses em locais muito diferentes para não causar desperdício.
A Secretaria reforçou, ainda, que “a vacina continua sendo a principal medida de proteção contra formas graves da doença e óbitos”.
Atraso nas entregas
A justificativa dada pelo Ministério da Saúde para o atraso nas entregas foi de que o atual fornecedor não ofertou a vacina com as cepas atualizadas. Por isso, foi necessário buscar o segundo classificado, o que gerou o atraso.Uma nota técnica, publicada no dia 23 de abril, dizia que a situação poderia causar “uma interrupção pontual da distribuição da vacina Covid destinada à população acima de 12 anos em algumas localidades, nas próximas três semanas”.
Mais de 1,3 milhão de vacinas contra a Covid recebidas
Nessa quinta-feira (1º), o governo federal informou que 1,3 milhão de vacinas contra a Covid chegaram ao Brasil. De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o imunizante recebido é o mais atualizado.
A previsão é que as vacinas sejam distribuídas entre os estados na próxima semana. No total, está previsto o recebimento de 7,4 milhões de vacinas da Covid durante o mês de maio.
Contrato atual
Ainda na nota técnica, o Ministério da Saúde informou que foi realizado um pregão para aquisição de vacinas contra a doença para atender os públicos prioritários em 2024. A vencedora para o fornecimento de doses para o público acima de 12 anos foi a empresa Zalika, que representa o laboratório produtor Serum India Institute, enquanto a Pfizer foi a ganhadora para fornecer vacinas para crianças de 6 meses a 11 anos.
Nos contratos de compras de vacinas, o Ministério da Saúde incluiu uma cláusula que obriga as empresas ganhadoras a fornecerem as vacinas com cepas atualizadas. Apesar de ter entregado doses ainda em 2024, a Zalika informou à Anvisa que não conseguiria fornecer vacinas com a cepa JN1, a mais atualizada naquele momento, em dezembro do ano passado.
Neste momento, a pasta federal precisou distribuir o estoque de vacinas com a cepa atualizada do laboratório Moderna. Depois de uma análise, a Anvisa indeferiu um pedido de atualização das doses da Zalika, sem a atualização da cepa atual, e impediu que a empresa fornecesse outras doses.
Depois disso, a Saúde disse que iniciou “o processo de transição de fornecedores e contratos e convocou a segunda colocada no processo licitatório para continuidade do fornecimento”. Foi assinado, então, um contrato a Pfizer no dia 14 de abril.
Doses em outros estados
De acordo com a Folha de S. Paulo, outros estados brasileiros vêm enfrentando baixo estoque de vacinas contra a doença. O município do Rio de Janeiro, por exemplo, precisou interromper a vacinação por falta de imunizantes.
Para o município, a orientação é que a população continue mantendo a caderneta de vacinação em dia com outras vacinas disponíveis.