
“É só não roubar que a gente vai pra frente”, afirmou Bolsonaro ao defender mudanças na política nacional. “Na política, é aprender a dizer não. Jamais poderia imaginar que um dia estaria aqui, com esse público, para falar de justiça, anistia, direitos e o futuro do país.”
Carlos Bolsonaro na Paulista: o marqueteiro do pai
Bolsonaro também elogiou o trabalho de seu filho Carlos Bolsonaro durante a campanha de 2018. “Foi ele quem decidiu a eleição. O marqueteiro foi ele. No Facebook, à noite, eram mais de 400 mil pessoas nos acompanhando. Ele foi o cérebro que me colocou na Presidência.”
Ao relembrar o período em que ocupou o Palácio do Planalto, citou tragédias e desafios enfrentados: “Enfrentamos Brumadinho, crise hídrica, pandemia. Comprei vacina, mas tive a liberdade de dizer que não tomaria. É disso que se trata: liberdade de escolha e responsabilidade pelas consequências”, afirmou Bolsonaro na Paulista.
Críticas ao governo Lula
Bolsonaro também criticou o atual governo, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva, e relembrou o período de transição. “No dia 1º de janeiro, me pronunciei e disse que respeitava a Constituição. No dia seguinte, o Brasil estava parado pelos caminhoneiros. Se eu quisesse tumulto, aquele era o momento. Mas fizemos uma transição pacífica, elogiada até por Alckmin.”
Sobre o 8 de janeiro, Bolsonaro negou envolvimento e acusou a esquerda de orquestrar o movimento. “Se fosse golpe, vocês não estariam aqui hoje. Golpe se dá com apoio das Forças Armadas, com comando político e financeiro. Isso foi um movimento espontâneo de indignação”.
O ex-presidente pediu apoio à anistia dos condenados pelo episódio. “Lutamos pela anistia. O caminho é a pacificação. Esperamos que os três poderes estejam juntos nesse propósito.”
Jair Bolsonaro de olho em 2026
Já mirando 2026, Bolsonaro afirmou que seu grupo político pode mudar o Brasil com maioria no Congresso. “Se vocês me derem 50% da Câmara e 50% do Senado, eu mudo o destino do Brasil. Não quero isso por revanchismo, não tenho obsessão pelo poder, mas paixão pelo Brasil.”
A manifestação na Paulista foi marcada por críticas ao STF, homenagens a presos políticos e discursos de aliados, como Flávio Bolsonaro, Valdemar Costa Neto, Bia Kicis, Tarcísio de Freitas e Silas Malafaia.