

Inicialmente, a área adquirida em 2002, conhecida como Rancho, era um local de lazer para Cleonor, que criava cavalos e cachorros para aproveitar os fins de semana com amigos, em um estilo de vida que ele chama de "gaúcho".
O flagra da vida selvagem
Em 2024, ele adquiriu e instalou suas próprias câmeras em diversos pontos. Cleonor notou que os animais, de diversas espécies, usam preferencialmente a mesma trilha, 24 horas por dia, faça chuva ou sol. Ele observa que eles se revezam, usando a trilha em intervalos diferentes. "A natureza cria o horário para cada uma das espécies?", questiona.
Com as câmeras, Cleonor já conseguiu flagrar diversas espécies em suas propriedades, incluindo famílias inteiras de:
Aves: Pombas, gralhas, sabiás e o Inhambu-chororó.
O empresário conta sobre um momento marcante em que quase pisou em uma cobra-caninana, que parecia um pedaço de pau. Ao identificá-la e saber que não era peçonhenta, ele sentou ao lado e a observou até que ela se embrenhasse na mata.
A "fonte criadora de vida silvestre"
Ele aponta que é difícil ver esses animais no dia a dia, pois eles são ariscos e se escondem ao menor sinal de presença humana. Por isso, ele não imaginava a quantidade de vida que pulsava na propriedade. A única pista de que eles passam pelo quintal do Rancho é o latido de seus cães de guarda — pastores-alemães e borders collies, entre outros.
Apesar dos avanços na conservação, Cleonor expressa preocupação com a caça ilegal, mesmo percebendo uma diminuição nos últimos tempos. "A matança dos animais interfere na biodiversidade", lamenta.
Para a filha de Cleonor, Vitória Mahl, estudante de Biologia, a dedicação do pai é um laboratório vivo e uma inspiração para seus estudos.
"O primeiro passo para conservar algo, principalmente recursos naturais como água e florestas, é conhecer o que ocorre em determinada localidade. Conhecer as espécies de animais em uma região traz informações importantes, pois a presença de algumas espécies, que são bem exigentes, mostra que os ambientes naturais estão em equilíbrio e que elas estão encontrando condições adequadas para sobreviver."
Assista:
@whcomunicacoes ???? VÍDEO: EMPRESÁRIO DE SÃO MIGUEL DO OESTE CRIA SANTUÁRIO DA VIDA SELVAGEM NO INTERIOR DE PARAÍSO! ???????? O empresário Cleonor Mahl, de São Miguel do Oeste, está transformando sua paixão pela vida selvagem em um verdadeiro santuário ecológico no interior de Paraíso. Desde 2002, ele e sua família vêm dedicando-se à conservação da flora e fauna nativa em uma propriedade que ele chama de Rancho e uma segunda área, batizada de Salto do Jaguaretê. O nome Salto do Jaguaretê é uma homenagem à sua grande cachoeira de mais de 30 metros e à história de uma onça-pintada vista pelo antigo dono da propriedade, "Jaguaretê" sendo o termo tupi-guarani para a onça. Biodiversidade em Foco Cleonor utiliza câmeras de monitoramento para flagrar a vida selvagem em seu habitat natural. Ele notou que os animais utilizam uma mesma trilha em diferentes horários, respeitando o "turno" de cada espécie, um fascinante exemplo da organização da natureza. Entre as espécies já flagradas em sua propriedade, estão famílias inteiras de: Mamíferos: Quatis, Iraras, Gatos-do-mato (diversas espécies), Cachorros-do-mato, Cutias, Furões, Gambás, Lebrãos, Tatus, Tamanduás e Mão-peladas. Aves: Pombas, Gralhas, Sabiás e o Inhambu-chororó. Visão de Futuro e Alerta Com base em suas observações, Cleonor destaca a importância de criar trilhas ecológicas aéreas e terrestres, como as que já existem em rodovias da Argentina, para que os animais possam atravessar com segurança, longe dos veículos. Ele vislumbra o ecoturismo como futuro para a região, mas também expressa preocupação com a caça ilegal. O trabalho de Cleonor e sua família é um exemplo inspirador de como a iniciativa privada pode contribuir para a preservação ambiental e a conscientização. #PreservaçãoAmbiental #SantuárioDaVidaSelvagem #ParaísoSC #SãoMiguelDoOeste #Ecoturismo #CleonorMahl #VidaSelvagem ♬ som original - whcomunicacoes

