
O estado de Santa Catarina registrou três feminicídios nos primeiros 15 dias de agosto de 2025, igualando o número total de casos ocorridos em todo o mesmo mês em 2024. As mortes ocorreram em Florianópolis, Gaspar e Maravilha, reforçando a preocupação com o aumento da violência contra a mulher.
Casos chocam o estado
Dois dias depois, em 4 de agosto, Dalva Paterno da Silva, de 56 anos, foi morta em Gaspar. O principal suspeito é seu ex-companheiro, de 55 anos, que foi preso no dia seguinte. A vítima possuía uma medida protetiva contra o homem, com quem foi casada por 38 anos e que, segundo os filhos, sempre foi violento.

Análise e contexto do problema
Tammy Fortunato também chama a atenção para o elevado número de tentativas de feminicídio. Em 2024, foram 196 casos em Santa Catarina. Ela defende que as políticas públicas precisam ser voltadas para a prevenção, com a inclusão do tema no currículo escolar, pois algo "está falhando" no combate à violência.
Além dos feminicídios, a violência se manifesta em outros casos, como o desaparecimento de Lusiane Ribeiro Borges, de 27 anos, em Santa Cecília. Lusiane está desaparecida há 15 dias, e seu marido é o principal suspeito e está preso. Vestígios de sangue foram encontrados, mas as buscas pela mulher continuam.
Em resposta à crise, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de Santa Catarina lançou o Plano Estadual de Combate à Violência contra a Mulher, com ações que incluem a abertura de novas delegacias, a ampliação do horário de atendimento e a inclusão do tema na educação básica. A implementação total das medidas, no entanto, está prevista para ocorrer em um prazo de até 10 anos, até 2035.