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O governo brasileiro avalia que o envio de navios de guerra dos Estados Unidos para a costa da Venezuela tem como objetivo principal intimidar nações da América Latina que adotam uma política de independência em relação ao governo de Donald Trump. De acordo com fontes do governo ouvidas pela CNN, a ação militar é uma forma de Washington demonstrar que pode usar a força para garantir sua influência estratégica na região.
Apesar de a justificativa oficial ser o combate ao narcotráfico, o governo brasileiro e outros países da região, como Colômbia, México e Panamá, consideram a medida uma forma de pressão. O Brasil, em particular, resiste a tentativas de interferência de Trump em sua soberania e política interna.
Tensão com países da América Latina
A movimentação militar acontece em um momento de tensão entre a Casa Branca e governos de esquerda no continente, como o do presidente colombiano Gustavo Petro e da mexicana Claudia Sheinbaum.
Colômbia e México: As tensões se intensificaram por questões de imigração e combate ao narcotráfico. A Casa Branca acusa cartéis mexicanos de controlar a produção e distribuição de fentanil, uma das maiores crises de saúde pública dos EUA.
Panamá: A administração Trump demonstra desconfiança com a crescente presença econômica da China no Canal do Panamá e responsabiliza o país pelo intenso fluxo de migrantes na região de Darién.
O principal articulador dessa estratégia de intimidação seria o secretário de Estado, Marco Rubio, conhecido por sua postura hostil a governos de esquerda na América Latina. As fontes ouvidas pela CNN, no entanto, não acreditam em uma invasão iminente à Venezuela, mas sim em uma demonstração de força para reafirmar o que seria uma "Doutrina Monroe" do século 21.