
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a retirada das medidas cautelares — como prisão domiciliar — impostas a ele. Bolsonaro foi investigado por supostamente tentar coagir os ministros da Corte no julgamento da trama golpista, mas acabou não sendo denunciado pelo chefe da Procuradoria-Geral da República (PGR), Paulo Gonet, por tal conduta.
De acordo com o g1, a solicitação da defesa foi feita no âmbito da denúncia contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, e o blogueiro Paulo Figueiredo, acusados de atuar nos Estados Unidos para intimidar autoridades brasileiras, na tentativa de impedir o andamento da ação penal contra o ex-chefe do Executivo.
Prisão domiciliar e proibição de uso das redes sociais
Jair Bolsonaro teve a prisão decretada em agosto, em razão do descumprimento de medidas cautelares que, entre outros pontos, o proibiam de utilizar redes sociais. A prisão ocorreu após outro filho dele, Flávio Bolsonaro, publicar um vídeo no qual o ex-presidente aparece participando, por telefone, de ato político na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro.
As medidas foram aplicadas no mesmo processo em que Eduardo Bolsonaro também é citado.
Condenação por golpe de Estado
No último dia 11, em outra ação penal, o ex-presidente foi condenado pelo STF a 27 anos e três meses de prisão em regime fechado por golpe de Estado e outros quatro crimes.Ele também terá que pagar 124 dias-multa de dois salários mínimos contra Bolsonaro, somando R$ 376 mil. Ainda cabe recurso.