
A renda média mensal dos brasileiros ficou em R$ 3.057 em
2024, o maior número da série histórica, iniciada em 2012, apontam dados da
Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada nesta
quinta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O
valor, que supera o recorde registrado em 2014 (R$ 2.974), foi alcançado devido
às variações positivas dos últimos três anos, informou o instituto.
Até o período pré-pandêmico, relacionado aos anos entre 2012
e 2019, o rendimento médio real de todas as fontes teve um crescimento
acumulado de 4,3% no período, passando de R$ 2.837 para R$ 2.958. Entretanto,
houve redução com a pandemia da Covid-19, em que todas as fontes de renda dos
brasileiros tiveram uma queda de 3,4% em 2020, e em 5,1% em 2021.
“Em 2022, apresentou aumento de 2,0%, alcançando R$ 2.764,
permanecendo, no entanto, abaixo do valor estimado em 2012, ano inicial da
série. Em 2023, o rendimento de todas as fontes alcançou um crescimento
expressivo de 7,5% em relação ao ano anterior”, apontou a pesquisa.
As regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste lideram o ranking
entre as com melhores rendimentos, com R$ 3.576, R$ 3.569 e 3.497,
respectivamente. Enquanto isso, o Nordeste aparece em último lugar, com R$
2.080.
Em relação aos rendimentos de trabalho, o valor médio mensal
real aumentou em 3,7%, após um crescimento de 7,2% registrado em 2023. Em 2024,
o rendimento médio do trabalho atingiu o valor máximo da série, de R$ 3.225. A
renda de outras fontes permaneceu praticamente inalterada em relação ao ano
anterior, marcando aproximadamente R$ 1.915 em 2024.
Tipos de rendimentos
Aposentadorias e pensões eram a segunda maior fonte de renda
dos brasileiros em 2024, ficando atrás apenas dos rendimentos de trabalho,
apontam dados da Pnad. O grupo representava 13,5% da população residente no
país, equivalente a 29,2 milhões de pessoas.
É estimado que ao menos 23,5 milhões de pessoas recebam
aposentadorias pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Dos quase 41
milhões de benefícios pagos pelo Instituto, as aposentadorias representam mais
da metade.
Na sequência, aparecem rendimentos por programas sociais do
governo, com 9,2% (20,1 milhões de pessoas). O Bolsa Família, por exemplo, em
abril deste ano, teve um benefício médio de R$ 668,73. Foram contemplados 53,8
milhões de pessoa em todos os municípios do país. Entre elas, estão 16,23
milhões de crianças de até 11 anos e outros 7,65 milhões de adolescentes entre
12 e 17 anos.
Ainda de acordo com a pesquisa, o Brasil registrou outras
fontes de rendas da população, porém, em proporções menores. Entre elas, a
pensão alimentícia, doação e mesada de não morador (2,2%), aluguel e
arrendamento (1,8%) e outros rendimentos (1,6%).
Seis em cada dez
brasileiros possuem algum tipo de renda mensal
No Brasil, seis em cada dez pessoas (66,1%) tinham algum
tipo de rendimento em 2024, o que representa 66,1% (143,4 milhões) dos
brasileiros residentes no país. O valor representa aumento de 1,2 ponto
percentual quando comparado ao índice registrado em 2023, de 64,9%.
Do total de brasileiros que tinham alguma fonte de renda,
47% correspondia a rendimentos vindos de trabalho e 26,4% por outros meios,
como pensões, aposentadorias, e programas sociais do governo, por exemplo.