
Uma mulher de 34 anos foi presa preventivamente suspeita de conduzir o carro que atropelou e matou Vitor Oro Gracielli, de 26 anos, no dia 2 deste mês, em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. O veículo trafegava na contramão quando atingiu o jovem no elevado da rodovia Plínio Arlindo de Nês, por volta das 4h50.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Deonir Moreira Trindade, a suspeita estava embriagada, já que horas antes havia estado em uma casa de shows do município.
Após deixar uma amiga em casa, no bairro Bela Vista, permaneceu cerca de uma hora dentro do veículo, até decidir seguir para sua residência, na comunidade de Sede Figueira.
Segundo a investigação, a motorista seguiu pela contramão desde a primeira rótula do Pátio Shopping (apenas referência), com os faróis desligados. No elevado, acabou atingindo Vitor, que não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Após o atropelamento, a mulher ligou para o ex-marido, que a buscou e a levou para casa. Na segunda-feira, após o ocorrido, ela se apresentou na delegacia acompanhada de um advogado.
Em depoimento, a suspeita não demonstrou arrependimento e negou ter ingerido bebida alcoólica no dia do acidente. O caso foi classificado como homicídio com dolo eventual, pois a suspeita assumiu o risco, já que estava embriagada. Se caso condenada, a pena pode variar de 12 a 30 anos de prisão.
Multas por excesso de velocidade
Conforme o delegado regional, Rodrigo Moura, os registros do Detran de Santa Catarina mostram que, em cerca de cinco anos, o carro usado pela suspeita recebeu mais de 30 multas, a maioria por excesso de velocidade.
Vitor estava a caminho do trabalho e passava pelo Elevado da Bandeira, quando foi atingido pelo carro. O impacto da colisão foi tão violento que arremessou a vítima para longe. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local.